"Pay-per-click" seduz mercado publicitário

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Pagar por algo de acordo com o resultado que se obtém é uma prática que ganha cada vez mais adeptos no mundo publicitário. Verbas milionárias para campanhas em mídias tradicionais nem sempre estão à disposição, principalmente em cenário de crise. Logo, as agências procuram receitas diferenciadas para atender à demanda.

O surgimento da internet facilitou o nascimento do modelo "pay-per-click" (pague por clique). Até então, as opções se restringiam à mecânica de compra de espaços por divulgação, ainda que sem garantia de quantos consumidores efetivamente viam o que a marca tem a dizer. Ou quantos buscam interação em função do interesse por aquilo.

Sobretudo, o movimento trouxe nova perspectiva e oportunidade para os pequenos também aparecerem. "Antigamente, quem não tinha dinheiro não aparecia. Hoje, tudo ficou mais fácil. Um dono de pousada, por exemplo, que quer anunciar apenas alguns quartos, pode fazê-lo. É mais chance para todo mundo", diz o diretor de Mídia da agência Africa, Fábio Freitas.

Ele conta que a demanda cresceu tanto que a agência abriu um núcleo exclusivamente para isso. "Fazemos de acordo com a necessidade do cliente", diz. Sobretudo, a era é de "relevância". O anunciante pode comprar a possibilidade de aparecer dentro do interesse do internauta.

Um meio mais específico

"A internet te dá mais especificidade". Google e Yahoo! são os principais players fornecedores de links patrocinados e agora até o Youtube aderiu à onda. O "pague por clique" chegou ao usuário que posta qualquer vídeo. Por meio dele, o usuário controla a taxa de cliques e posiciona em links patrocinados para destacar os vídeos.

Freitas acha normal e considera apenas um processo de conseqüência. "A tendência é essa ferramenta se expandir cada vez mais e controlar também a relevância dos vídeos". A dinâmica é outra, lembra o diretor. Além de poder comprar de acordo com a disponibilidade financeira, o anunciante escolhe por uma ou outra veiculação esporádica como espéice de crédito.

Nada de morte

Apesar de reconher o potencial, Freitas não decreta morte a nenhum formato. Considera que uma comunicação efetiva engloba vários tipos de mídia, escolhidos de acordo com a real carência da marca.

Fonte: Marcelo Gripa - Adnews

Marcelo Mello

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